terça-feira, 5 de julho de 2011

livro - Como o Estado gasta o nosso dinheiro

Por acaso este livro suscitou-me ampla curiosidade deste que ouvi o seu escritor (o ex-Juíz  do Tribunal de Contas Carlos moreno) num programa da SIC. Até porque sou muito interessado por valores (ainda mais quando são elevados) de obras pois dão uma certa perspectiva relativamente às coisas.
Além do mais ultimamente ouve-se muito falar das PPPs e mais isto e mais aquilo e queria saber efectivamente o que se anda a passar.

Basicamente, gastando algum tempo a mais e dinheiro a menos bastava consultar os sites presentes no meu antigo post

e a informação estava lá toda espalhada. Mas assim acho que foi bem empregue o dinheiro. Fiquei muito mais satisfeito no fim deste livro do que no fim do anterior..
http://pinelasgarden.blogspot.com/2011/06/livro-bpn.html

Com este livro sinto que aprendi MESMO alguma coisa, sejam conceitos importantes (para mim) de se conhecerem a nível de economia, seja informação de como (MAL, péssimamente MAL) o Estado gasta o nosso dinheiro.

Na sequência do livro fui ao site da DGTF e encontrei o relatório de 2010 sobre o sector empresarial do estado (SEE) no link seguinte
http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Documentos/Relatorios/2010/Relatorio_SEE_2010.pdf

assim como das PPPs
http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/PPP/Documentos/Relatorios/2010/Relatorio_PPP_2010.pdf

O engraçado é como a informação está toda disponível mas a malta não lê. Eu até há 1 ano atrás (ou 6 meses) nem sabia que o tribunal de contas emitia relatórios periódicos ou que eram conhecimento livre ao público.

Uma coisa muito engraçada que (finalmente) compreendi, foi o termo "desorçamentação" termo que tem invadido o nosso lar frequentemente nos últimos anos. Tinha uma ideia do que era mas agora já sei. Bem diferente.
Bruxelas, nos termos dos limites que impõe (ou aconselha já que toda a gente se borrifa neles até ser demasiado tarde), apenas tem em conta o défice/dívida pública da Administração Central (Governo).
Ou seja, autarquias, empresas do estado (capitais totais ou parciais) e PPPs, não entram (ou entravam) para aquela conta. No entando é falta de dinheiro na mesma e logo vem à tona.
O acto de desorçamentar é colocar as despesas em entidades fora da Administração Central. Grande ideia não é? Pois, mas os do futuro (contribuintes) é que se lixam. POIS!!

Entretanto, se lerem os relatórios, para perspectiva lembro três coisas:
1 - com o corte dos 50% (+-) no subsidio de natal de 2011, o estado vai encaixar 800 milhões de euros
http://pinelasgarden.blogspot.com/2011/06/medidas-governo-subsidio-natal-foi-se.html
2 - a ponte do link seguinte foi construida com 1000 milhões de euros
http://pinelasgarden.blogspot.com/2011/07/china-maior-ponte-de-mundo-por-agora.html
3 - o PIB em 2010 estava nos 173 000 milhões de euros.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=cn_quadros&boui=95374978

Resumindo:
O livro foi interessantíssimo, ensinou-me muita coisa, foi rapídissimo de ler (pelo menos para mim que sou fanático por dados e análise dos mesmos) e é uma excelente compra. Caso desejem poupar, podem ir aos sites do estado que esta informação está (por) lá (espalhada) toda :D

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